sábado, 22 de outubro de 2011

VAMPIROS Dicionário Vampírico




            Existe entre os Membros um patois distinto, extraído de diversas línguas, que confere novas nuances de significado a certas palavras mortais. Muitas vezes é possível adivinhar a qual geração um vampiro        pertence pelo vocabulário que ele emprega. Há uma distinção nítida entre as palavras usadas pelos anarquistas e as palavras usadas pelos anciões. Usar a palavra errada nas circunstâncias erradas costuma ser considerado um deslize seríssimo no protocolo.
*       Linguagem Coloquial

            Esses são os termos usados com mais freqüência na Família.
            Anarquista – Um rebelde na Família; indivíduo que não nutre respeito pelos anciões. A maioria dos filhotes são automaticamente considerados anarquistas pelos anciões, sendo desprezados como produtos do século XX.
            Regiões Ermas - As áreas de uma cidade que são desprovidas de vida – cemitérios, prédios velhos e abandonados, parques.
            Gênese, A – O momento em que um indivíduo torna-se vampiro; a metamorfose de mortal para Membro. Também chamado de A Mudança.
            Livro de Nod – O livro “sagrado” da Família, que narra as origens da raça e sua história primitiva. Jamais foi publicado em versão integral, embora se saiba da existência de fragmentos em vários idiomas.
            Besta, A – As motivações e necessidades que impelem um vampiro a tornar-se um monstro completo, renunciando a toda a sua humanidade.
            Vide “Homem”.
            Sangue – A herança do vampiro. Aquilo que faz do vampiro um vampiro, ou simplesmente a substância sangue de um vampiro.
            Irmandade de Sangue – O relacionamento entre vampiros da mesma linhagem e do mesmo clã. A idéia é muito semelhante à que existe entre os mortais, apenas os meios de transmissão são diferentes.
            Jura de Sangue – A ligação mais potente que pode existir entre vampiros; a recepção de sangue num reconhecimento de submissão. Ela confere um poder místico sobre aquele que foi submetido à jura. Veja             Laço de Sangue.
            Prole – Um grupo de vampiros reunidos em torno de um líder (normalmente seu senhor). Uma prole pode, com o tempo, vir a se tornar um clã.
            Caitiff – Um vampiro sem clã; termo freqüentemente usado de forma pejorativa. Ser um Desgarrado não é uma virtude para os Membros da Família.
            A Camarilla – Uma seita global de vampiros à qual todos os Membros podem filiar-se. Suas leis estão longe de ser absolutas, funcionando mais como uma câmara de debates que como um governo.
            Criança da Noite – Um termo pejorativo para os vampiros jovens, inexperiente ou tolos.
            Clã – Um grupo de vampiros que compartilham certas características místicas e físicas. Vide linhagem, linhagem de sangue.
            Diablerie – Comportamento canibal comum entre os Membros. Consiste em sugar o sangue de outro vampiro. Os anciões o fazem por necessidade, enquanto os anarquistas o fazem para aplacar sua sede de poder.
            Domínio – O feudo requisitado por um vampiro, na maioria das vezes um Príncipe. O Domínio é invariavelmente uma cidade.
            Ancião – Um vampiro com 300 anos de idade ou mais. Os anciões consideram-se os Membros mais poderosos, e costumam travar a sua própria Jyhad.
            Elísio – O nome conferido aos lugares nos quais os anciões encontram-se e reúnem-se, normalmente museus, teatros ou outros locais públicos de cultura elevada.
            Abraço, O – O de transformar um mortal em vampiro sugando o sangue do mortal e substituindo-o por uma pequena quantidade do sangue do próprio vampiro.
            Filhote – Um vampiro jovem e recém-criado. Vide neófito, Cria.
            Geração – O número de níveis entre um vampiro e o mítico Caim. As vítimas de Caim foram a segunda geração, a progênie desta tornou-se a terceira, e assim por diante.
            Gehenna – O fim do Terceiro Ciclo; o Armagedon iminente, no qual os Antediluvianos acordarão e devorarão todos os vampiros.
            Carniçal – Servo criado quando um Membro permite que um mortal beba de seu sangue sem que antes lhe seja sugado todo o sangue, o que originaria uma progênie.
            Refúgio – A casa de um vampiro ou o lugar onde ele dorme durante o dia.
            Fome, A – Como ocorre com os mortais e outros seres vivos, a motivação para alimentar-se. Para os vampiros, entretanto, isto é muito mais intenso, e toma o lugar de outras motivações, desejos e prazeres.
            Inconnu – Uma seita de vampiros, a maioria Matusaléns, que se afastaram dos assuntos dos Mortais e da Família. Afirmam não ter qualquer ligação com a Jyhad.
            Jyhad – A guerra secreta travada entre os poucos vampiros remanescentes da terceira geração, usando os vampiros mais novos como soldados. Esse termo também é empregado para descrever qualquer conflito ou beligerância entre vampiros.
            Membro – Um vampiro. Muitos anciões consideram que mesmo este termo seja vulgar, preferindo usar uma palavra mais poética, como Cainita.
             Beijo – Sugar o sangue de um mortal, ou o ato de beber sangue em geral.
            Lupino – Um lobisomem, o inimigo mortal dos vampiros.
            Viciado – Um vampiro que se alimenta de mortais que estejam sob a influência de bebidas ou drogas para experimentar as mesmas sensações. Vide Cabeça.
            Vida, A – Termo eufemístico para denominar o sangue mortal tomado como alimento. Muitos Membros consideram o termo afetado e pudico.
            Homem, O – O elemento da humanidade que permanece no vampiro, e que luta contra os anseios básicos da Besta.
            Máscara, A – O esforço começou depois do final das grandes guerras para esconder a sociedade da Família do mundo mortal. Uma política reafirmada depois da época da Inquisição.
            Príncipe – Um vampiro que requisitou o governo de uma cidade e está apto a sustentar esse pedido nil disputandum. Um príncipe costuma possuir uma prole para ajudá-lo. A expressão no feminino também é             príncipe.
            Enigma, O – O dilema essencial da existência de um vampiro – para impedir a ocorrência de atrocidades ainda maiores, é preciso cometer atos malignos de menor vulto. O provérbio é: Quanto mais monstruosos formos, menos monstruosos seremos.
            Degenerado – Um vampiro que se alimenta de outro vampiro, seja por necessidade ou perversão. Vide Diablerie.
            Sabá, O – Uma seita de vampiros que controla a maior parte do leste da América do Norte. Violentos e bestiais, extravasam uma crueldade desnecessária.
            Seita – Nome geral para um dos três grupos principais dentro da Família – A Camarilla, o Sabá, ou o Inconnu.
            Senhor – O pai-criador de um vampiro. A expressão é usada no masculino e no feminino.
            Fonte – Um mancial de sangue potencial ou passado, normalmente um humano.

Jargão Arcaico

            As palavras a seguir são usadas pelos aniciões e por outros vampiros antigos. Embora esses termos raramente sejam usados pelos recém-criados, ainda constituem um vernáculo vivo entre os Membros             mais sofisticados. Os anciões podem ser identificados simplesmente pelas palavras que empregam.
            Amaranth – O ato de beber o sangue de outro Membro. Vide Diablerie.
            Ancilla – Um vampiro “adolescente”; aquele que não é mais neófito, mas que também ainda não é um ancião.
            Antediluvianos – Um dos Membros mais velhos, pertencente à terceira geração. Um guerreiro da Jyhad.
            Arconte – Um vampiro que se recusa a fazer parte da sociedade da Família, normalmente servindo um Justiçar. Os Arcontes são usados com freqüência para seguir a trilha de Membros que fugiram de uma            cidade.
            Autarca – Um vampiro que se recusa a fazer parte da sociedade vampírica, e não reconhece o domínio de um príncipe.
            Cainita – Um vampiro. Vide Membro.
            Canaille – O rebanho mortal, especialmente os elementos que sejam mais insípidos ignorantes (os quais os Membros preferem para se alimentar).
            Cauchemar – Um vampiro que se alimenta apenas de vítimas adormecidas e impede que elas acordem.
            Cuntactor – Um vampiro que evita matar, sugando tão pouco do sangue da vítima que ela não possa morrer. Faut plus chasser, peut mieux dormir. Compare com Casanova.
            Círculo – Um grupo de Membros que protegem e apóiam um indivíduo contra estranhos. Vide Cria. 
            Consanguíneo – Indivíduo da mesma linhagem (normalmente um Membro mais jovem).
            Capacho – Aquele que se alimenta dos indigentes e que normalmente não possui seu próprio refúgio. Vide Vira-latas.
            Burguês – Um Membro que caça em clubes noturnos, bairros de reputação duvidosa e outros locais de entretenimento onde os mortais procurem a companhia do sexo oposto. Vide Abutre.
            Golconda, A – O estado aspirado por muitos vampiros, no qual encontra-se um equilíbrio entre necessidades e escrúpulos opostos. A queda para a bestialidade é interrompida, e o indivíduo alcança uma             forma de êxtase. Como o Nirvana dos mortais, dele fala-se muito mas conhece-se pouco.  
            Humanitas – O nível em que um Membro ainda retém alguma humanidade.
            Rebanho – Um termo pejorativo para os mortais, normalmente usado em oposição a Membro. A expressão Membro e Rebanho significa “o mundo inteiro”.
            Sanguessuga – Um humano que bebe do sangue de um vampiro, mas ainda assim retém total liberdade. Normalmente ele mantém o vampiro como o seu prisioneiro, ou oferece grande recompensa pelo sangue.
            Lextalionis – O código da Família, aparentemente criado por Caim. Ele sugere justiça bíblica – olho por olho, dente por dente. Vide Tradições.
            Linhagem – A linhagem de um vampiro, perpetuada mediante o Abraço.
            Matusalém – Um ancião que não vive mais entre outros Membros. Muitos Matusaléns pertencem ao Inconnu.
            Neófito – Um Membro jovem e recém-criado. Vide Filhote, Cria.
            Osíris – Um vampiro que se cerca de seguidores mortais ou carniçais num culto ou esconderijo para melhor obter alimento. A prática é hoje menos comum do que já foi.
            Papillon – O bairro da luz vermelha. A área da cidade composta de clubes noturnos, cassinos e bordéis. O principal território de caça da cidade.
            Progênie – Termo coletivo para todos os vampiros criado por um senhor. Vítima é um termo menos formal e elogioso. 
            Praxis – O direito de um príncipe em governar; o conjunto de regras, leis e costumes adotados por um príncipe em particular.
            Primigênie – Os líderes da cidade ou o concílio legislador de anciões. Aqueles que apóiam o príncipe e possibilitam o seu governo.
            Regente – Aquele que criou um Laço de Sangue sobre outro Membro, oferecendo-lhe sangue da Família três vezes. Vide Laço de Sangue.
            Lacaios – Humanos que servem a um mestre vampiro. Eles geralmente são carniçais ou estão sob o domínio mental de um mestre vampiro. Este controle às vezes é tão completo que os mortais são incapazes de executar qualquer ação por sua própria vontade.
            Sereia – Uma vampira que seduz mortais, mas que não os mata e suga apenas um pouco de sangue depois de colocar o mortal em sono profundo. Vide Sedutora.
            Suspiro – A dança do sonho durante o estágio final da busca pela Golconda.
            Terceiro Mortal – Caim, o progenitor de todos os vampiros, segundo o Livro de Nod.
            Escravo – Um vampiro que é mantido sob um Laço de Sangue, e portanto sob o controle de outro Membro.
            Vitae – Sangue.
            Wassail – A liberação final e o último frenesi. O Wassai ocorre quando os últimos vestígios de humanidade são perdidos e um vampiro mergulha na loucura.
            Cria – Termo pejorativo para um vampiro jovem; Originalmente usado apenas como referência à própria progênie do indivíduo.
            Gente – Mortal, humano.
            Caçador de Bruxas – Um humano que procura por vampiros para matá-los.
            Liberal – Nome atribuído a um Cainita que possui um interesse obsessivo nos eventos e na cultura mortal.

Termos Vulgares

            As palavras abaixo são usadas com mais freqüência pelos anarquistas, os vampiros mais jovens que desprezam e/ ou ignoram as tradições dos anciões. Buscam estabelecer sua própria cultura e inventar sua própria língua faz parte do processo. Obviamente, eles usarão o Jargão Arcaico quando não tiverem outro termo para a mesma coisa.
            Alguns anciões já usavam a forma vulgar de uma palavra quando desejavam provocar um efeito mais forte ao falar.   
            Vira-latas – Um vampiro que não possui nenhum tipo de refúgio, mas que resida num lugar diferente a cada noite. Também usado como referência para os Membros que se alimentam de mendigos e outros sem-teto.
            Assalto – A prática, muito difundida entre Membros jovens, de roubar sangue de bancos de sangue. Sangue resfriado e removido há muito tempo do corpo é menos satisfatório, mas alguns neófitos adoram entrar num banco de sangue e beber até caírem. Muitos príncipes consideram esta prática uma brecha na Máscara.
            Ladrão de Banco – Um Membro que adere à prática do Assalto.
            Mão Negra – Uma seita envolvida na Diablerie. Vide Sabá.
            Portador – Um vampiro que contrai uma doença infecto-contagiosa e subseqüentemente a espalha para cada fonte de quem se alimentar.
            Linhagem – A ancestralidade de um vampiro.
            Laço de Sangue – Uma servidão em grau místico a outro vampiro, decorrente da Jura de Sangue. Ver Regente.
            Marionete de Sangue – Um Membro que é mantido sob a regência de outro. A marionete de sangue foi submetida a um Laço de Sangue e não está mais livre.
            Boboleta – Indivíduo que se infiltra na alta sociedade dos mortais, alimentando-se apenas dos ricos e famosos.
            Casanova – Um vampiro que se delicia em seduzir mortais, mas não os mata, sugando apenas um pouco do sangue, apagando o evento da memória da vítima depois de ter terminado. Há rumores de que o Casanova original era (ou é) um vampiro, mas geralmente não se crê nisso. Vide Cauchemar.
            A Mudança – O momento e o processo de tornar-se vampiro. Vide Gênese.
            Amaldiçoados, Os – Os imortais, a raça dos mortos-vivos. Os vampiros como um todo.
            Doador – Uma fonte potencial ou passada, normalmente um humano.
            Fazendeiro – Termo pejorativo para um vampiro que cria animais com o propósito de se alimentar. Vide Vegetariano.
            Feudo – Termo sarcástico para o domínio de um clã ou príncipe.
            Cabeça – Um vampiro que se alimenta daqueles que estão sob influência de uma droga, de modo a sentir o efeito. O termo Cabeça  é usado associado ao vício correspondente, caso o vampiro prefira uma droga em especial.
            Caçador de Cabeças – Um ancião que caça outros Membros pelo seu sangue. Vide Degenerado, Diablerie.
            Lambedor – Um vampiro. Veja Membro.
            Zona, A – O terreno de caça representado pelos clubes noturnos, bares e outros locais de entretenimento onde os mortais dancem, bebam e procurem a companhia do sexo oposto.
            Abutre – O vampiro que use a Zona como território de caça é um Abutre no jargão vulgar. Pappilon e Burguês são termos progressivamente mais antigos que significam o mesmo.
            Velho do Sono – Um vampiro que se alimente apenas de vítimas adormecidas. Vide Cauchemar.
            Vadiagem – O ato de alimentar-se dos sem-teto e mendigos. Um vampiro que faça apenas isso é um Vadio.
            Caçador – Um mortal que caça os Membros. Vide Caçador de Bruxas.
            Sedutora – Um termo às vezes usado para uma fêmea que se comporte como Casanova.
            Território – A cidade, ou seção da cidade que os vampiros tentem reivindicar para si mesmos. Vide Feudo, Domínio.
            Vegetariano – Termo sarcástico para um vampiro que se recuse a sugar sangue de humanos, preferindo alimentar-se de animais. Vide Fazendeiro.